25.3.06

Nunca...

Nunca digo nunca se não o sentir de coração….não vale a pena.
Não quero perder a razão de estar aqui tão perto do nunca e do nada,
Nunca te vou dar o que me dás e nada te dou…
Quero a vida do meu lado, quero amar, quero ser eu…quero o sol que me pertence, quero aquele lugarzinho meu na praia ou no deserto mas quero….quero a saudade, quero a falta, não interessa se é mau…simplesmente quero.
Vamos é dançar, vamos é rir até morrer …
(pedaços de mim)

5 comentários:

Alisson da Hora disse...

o final do teu pensamento lembrou-me esse poema do Carlos Drummond de Andrade...

Convite Triste

__ Meu amigo, vamos sofrer,

Vamos beber, vamos ler jornal,

Vamos dizer que a vida é ruim

Meu amigo, vamos sofrer.

Vamos fazer um poema

Ou qualquer outra besteira.

Fitar por exemplo uma estrela

Por muito tempo, muito tempo

E dar um suspiro fundo

Ou qualquer outra besteira.

Vamos beber uísque, vamos beber, cerveja preta e barata, beber, gritar morrer, ou, quem sabe? beber apenas.

__Vamos xingar a mulher,

Que esta envenenando a vida

Com seus olhos e suas mãos

e o corpo que tem dois seios

e tem um umbigo também.

Meu amigo, vamos xingar

o corpo e tudo que é dele

e que nunca será alma.

Meu amigo, vamos cantar,

vamos chorar de mansinho

e ouvir muita vitrola,

depois embriagados vamos

beber mais outros seqüestro

(o olhar obsceno e a mão idiota)

depois vomitar e cair e dormir.



...

adorei o comentário que deixaste em meu blog...profundo...anotei para debruçar-me sobre ele...

beijos...

Hérica... disse...

Olá querida amiga! Como estás? Passei para lhe desejar um óptimo final de semana e dizer que Amei seu post! Um beijo imenso para ti!
Te adoro!!!

RX disse...

Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.

Eugénio de Andrade

Alisson da Hora disse...

AFASIA

Jakobson diz que a afasia come a língua no sentido contrário à
sua aquisição. As articulações mais recentes são as primeiras a
partirem.

Uma boca que se desfaz começa pelos lábios.

Pensei a mesma coisa do verso. as regras do verso desaparecem
uma por uma em sua destruição, seguindo uma ordem, também,
afásica. Como se os poetas desfizessem seu edifício andar por andar.
Sem fazê-lo explodir de uma só vez.

Diante da tua morte fiquei completamente silencioso.

Não pude falar durante quase trinta meses.

Não podia mais falar da minha maneira de dizer o que é a poesia.

Tinha começado a falar,em poesia, vinte e dois anos atrás.

Era após uma outra morte.

Antes dessa outra morte eu não sabia como dizer, era, quase
silencioso. Assim, preso entre duas "bordas" de morte.

Jacques Roubaud

Anónimo disse...

...
Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.
Há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.

Pablo Neruda


Bjo e abraço


Acerca de mim

A minha foto
Quando pensares que não te estou a ouvir, a ver ou mesmo a mostrar interesse, é quando te estou a ver melhor…desconfiada ou cautelosa? Sou tanto de calma como de stressada, conforme a situação, mas reconheço que nessa área não sou moderada, sou mais conforme, nem sim nem não. Exigente com os outros porque também sou comigo quando gosto de alguém. Muitas vezes não gosto de ser como sou, mas pronto, “ Eu nasci assim….” Sou intensa e apaixonada pelos amigos, vivo cada um como se fossem os únicos no Mundo e como se só eu os pudesse ter, “Eu sei! Eu sei! Não ganho nada com isso. Isto é um bocadinho acerca de mim.